O Grupo Parlamentar da UNITA planeja avançar com um pedido de audição parlamentar a respeito das denúncias feitas pelo major Pedro Lussati. Este major acusou o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), general Fernando Garcia Miala, de se apropriar dos bens do oficial detido e condenado no contexto do caso “operação caranguejo“.
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O líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, declarou que a organização está ciente do requerimento enviado à presidente da Assembleia Nacional e aos demais Grupos Parlamentares.
Chiyaka confirmou que a UNITA apresentará o pedido de audiência ao Parlamento, destacando a importância de discutir e investigar as alegações.Chiyaka lamentou a baixa taxa de atendimento aos pedidos de audiência parlamentar durante o primeiro ano legislativo, mencionando que apenas uma solicitação conjunta foi atendida dentre as 24 feitas.
A UNITA argumenta que essa postura demonstra falta de respeito pela Assembleia Nacional e pelo povo soberano de Angola.O líder do Grupo Parlamentar da UNITA também ressaltou a recusa do Grupo Parlamentar do MPLA em discutir quatro votos de protesto, abrangendo questões como violência policial, assassinato de cidadãos no Huambo, agressões físicas a cidadãs e outras situações.
Chiyaka enfatizou o conflito político em curso entre o povo e o Titular do Poder Executivo, observando que a vitória eleitoral não eliminou a derrota política do governo em relação à confiança do povo.
O líder também abordou a situação econômica, destacando o aumento da inflação e da dívida pública, bem como contratações diretas em violação da lei.
Em relação à proposta de destituição do Presidente da República, Chiyaka afirmou que essa iniciativa demonstra a importância do povo, do Parlamento e da transparência, destacando que nenhum agente público está acima da lei. A declaração da UNITA ressalta a busca por transparência, responsabilidade e justiça no cenário político e institucional angolano.