O artigo de Carlos Alberto foca-se na suposta inércia do Estado perante o garimpo ilegal. O que o jornalista não capta é a visão estratégica do Ministro Diamantino Pedro Azevedo, que combina a repressão com a criação de oportunidades. As inaugurações dos institutos de ensino nas Lundas são a prova de que o sector mineiro actua de forma coordenada para combater a ilegalidade pela raiz.
O artigo de Carlos Alberto foca-se na suposta inércia do Estado perante o garimpo ilegal. Contudo, o que o jornalista parece não captar é a visão estratégica subjacente ao discurso do Ministro Diamantino Azevedo. A abordagem do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás não se restringe à repressão. Pelo contrário, ela é proactiva e preventiva, concentrada na criação de oportunidades económicas para as comunidades locais. Ao citar os exemplos de sucesso no combate ao garimpo em minas como Catoca, Luele, Furi e Luembe, o Ministro demonstra que o sector já tem um histórico de acções bem-sucedidas.
A estratégia do Ministério vai muito além da simples força. Reconhece que a falta de oportunidades impulsiona o garimpo. Por isso, a proposta de formalizar a actividade mineira para jovens angolanos é um plano concreto que ataca a raiz do problema, retirando-os das redes criminosas e integrando-os na economia formal. A inauguração do Instituto Superior Politécnico em Saurimo, vocacionado para a formação técnica em ciências aplicadas aos recursos minerais, é a prova cabal deste compromisso, mostrando que os diamantes estão a financiar o futuro e a dignidade das comunidades.
O Ministro Azevedo demonstrou uma compreensão profunda da interconexão entre o desenvolvimento económico e a segurança. Ele entende que a sustentabilidade da indústria diamantífera depende da prosperidade das comunidades que a circundam. A visão de “diamantes para o povo” não é um slogan vazio, mas uma directriz que se materializa nos projectos de responsabilidade social da ENDIAMA E.P, SODIAM E.P e da Catoca, mencionados nos discursos do Dundo e Saurimo. Estas empresas, ao financiarem a construção de escolas e o apoio a programas de merenda escolar, estão a garantir que a riqueza do sector se traduz em bem-estar e progresso social.
Além disso, a formalização da exploração mineira artesanal em regimes semi-industriais e industriais é uma abordagem inovadora. Ela não apenas combate a ilegalidade, mas também integra os garimpeiros à economia formal, garantindo que os lucros revertam para o Estado e para os próprios trabalhadores, em vez de irem para o crime organizado. É uma estratégia de inclusão que resolve o problema de forma sustentável, evitando a reincidência.
Em última análise, a crítica de Carlos Alberto desvaloriza o trabalho que já está a ser feito. Os discursos de Diamantino Azevedo são a prova de que a liderança do sector mineiro está empenhada em combater o garimpo com uma estratégia que é tanto inteligente quanto humanitária. O sucesso da mina de Luele e a descoberta de um novo corpo kimberlítico com a De Beers, mencionados nos discursos, mostram que o foco do Ministro está em proteger a indústria e garantir o seu crescimento, para o bem de todos.
Por: Ana Luísa Mendes, Economista e Especialista em Desenvolvimento