Circulam rumores de que o governador provincial do Uíge, José Carvalho da Rocha, poderá ser substituído nos próximos dias. Perante essa possibilidade, muitos cidadãos uigenses levantam uma questão relevante: qual será o enquadramento futuro de Virgílio Cordeiro?
Antes de abordar a questão, importa contextualizar quem é Virgílio Cordeiro.
Trata-se de um jovem militante do MPLA, ligado à estrutura da DIP-MPLA, actual Director do Centro Tecnológico e colaborador próximo do governador. Em determinados círculos internos do partido, é frequentemente associado a polémicas, sendo apontado como protagonista de tensões e conflitos, bem como de alegada divulgação de informações consideradas imprecisas.
No seio da sociedade civil, em especial entre activistas, o seu nome surge recorrentemente associado a acusações de interferência em iniciativas cívicas e manifestações, incluindo alegações de intimidação, criação de perfis falsos e processos judiciais.
Por parte de alguns partidos da oposição, a sua postura é descrita como pouco conciliadora e, por vezes, contrária ao espírito democrático, o que tem contribuído para uma percepção negativa da sua actuação pública.
Regressando à questão central:
QUAL PODERÁ SER O FUTURO DO VIRGÍLIO CORDEIRO CASO O GOVERNADOR SEJA EXONERADO?
Se o governador Rocha não o levar para outras funções se for colocado noutras “BANDAS” ou para a reforma, é possível que Virgílio Cordeiro enfrente dificuldades políticas e institucionais, tendo em conta as críticas acumuladas ao longo do tempo. A sua continuidade na direcção do Centro Tecnológico poderá ser posta em causa, podendo ser-lhe solicitada a apresentação de relatórios sobre a sua gestão.
Do mesmo modo, eventuais aspirações políticas, como a intenção de concorrer a deputado, poderão ser consideravelmente afectadas, tornando o seu futuro político incerto.
Como se diz popularmente, “cá se faz, cá se paga”.
Entretanto, registam-se relatos de que o ex-administrador do Bungo teria manifestado satisfação perante os rumores relacionados com a possível exoneração do governador Rocha.
JC
