O vice-presidente do PRA-JA, Xavier Jaime, parece-me um homem muito desatualizado e parado no tempo, aliás, não tem respeito pelo povo, “fala à toa”:
1- Deparei-me com uma declaração sua sobre as principais temáticas da política doméstica e fiquei chocado – não é normal um político viver tão distante da realidade dos factos, principalmente no que diz respeito às redes sociais.
2- Ele afirma categoricamente que as “redes sociais falam à toa”.
3- Ora bem, que eu saiba, as redes sociais não “falam à toa”; as redes sociais não falam. Não existe nenhuma rede social que fale, pelo menos por enquanto.
4- As redes sociais, na verdade, são plataformas onde se partilham ideias, se faz divulgação e se fiscalizam os agentes públicos e os políticos falaciosos…
5- Ele também afirma que “o que as redes sociais dizem não está a surtir efeito junto do nosso presidente Chivukuvuku”.
6- Como é do conhecimento de todos, as “redes sociais não falam” – as redes sociais divulgam informações, tornam o acesso à informação mais fácil e democratizam o direito à opinião.
7- O senhor vice-presidente do PRA-JA deveria, no mínimo, ter um assessor de comunicação que lhe apresentasse relatórios semanais sobre a opinião pública, que medisse o impacto da mensagem do PRA-JA e fizesse uma avaliação do seu líder perante o público – lhe tornaria num vice-presidente mais útil.
8- Não é verdade que o que se diz nas redes sociais não tem efeito na vida real de um político como o mano Abel, por sinal, um dos maiores “jogadores” desta praça – dizê-lo é expor ignorância ao mais alto nível.
9- O senhor vice-presidente do PRA-JA, na condição de político, deveria saber que as redes sociais são mais poderosas do que os comícios nas praças e que, em países normais e com pessoas esclarecidas, ninguém vence uma eleição sem ter verdadeiro domínio das redes sociais.
10- O senhor vice-presidente do PRA-JA precisa urgentemente de um assessor de comunicação estratégica – parece ter ficado preso no tempo.
11- Ele não parece ter consciência de que é precisamente o que se diz nas redes sociais que faz do mano Abel o grande Abel – e que essas mesmas redes sociais podem tornar o mano Abel num político irrelevante?
12- O vice-presidente do PRA-JA precisa de um assessor de comunicação estratégica porque não está a trabalhar com métricas de comunicação, não está a medir – ou melhor, parece que o PRA-JA não está a fazer o estudo da “dor do avatar”. Ou talvez seja mesmo só o vice que está parado no tempo.
13- É preciso estar muito desatualizado para, sendo político da oposição, “atirar-se” contra as redes sociais – ou melhor, menosprezar o poder das redes sociais.
14 – Mas é normal: não é de agora que os políticos angolanos evitam investir; preferem andar às escuras, aliás, como ele mesmo diz, preferem “falar à toa”.
César C. Chiyaya
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