Hoje na Rubrica Jovens de Pulungunza, vamos discorrer de um jovem, que viveu grandes amarguras de vida, durante sua infância, pois quando se fala dessas questões o mesmo deita lágrimas. Este jovem, chama-se Osvaldo Massuka. Durante a sua infância, vendeu cigarros, mentol, e ovo para sobreviver.
KAPITA INGA
INFÂNCIA DE OSVALDO MASSUKA
Teve uma infância dividida entre Luanda e Uige. Massuka nasce na Província do Uige, na Rua Comadante Bula.
Fez o ensino de Base na iniciação e a primeira na escola 68-Uíge.
Já a segunda classe e a terceira classe fiz na escola do Ninho, pertencente ao MINARC, e, ao mesmo tempo serve de centro de acolhimento para pessoas desfavorecidas na Província do Uige.
Osvaldo Massuka conta que em 1992 teve dos confrontos armados que assolou a província com invasão das tropas da UNITA, que entraram no quintal para matar duas vidinhas, naquela altura, seu pai encontrava-se nas mata do Quitexe a combater, e em casa haviam ficado em casa, com a mãe e o falecido irmão (João).
Face os confrontos armados, os pais decidiram tirar- lho do Uige para Luanda em busca de melhores condições de vida e para continuidade de formação.
Colocado em Luanda as coisas não foram mar de rosas, porque os problemas começaram agidizar, e o pai teve que voltar para o Uige porque o dever (Policia Nacional) chamava para dar seu contributo a nação.
“Ele deixou-nos em casa de um dos irmão onde não fui bem vindo, na quela altura que saí do mato (interior do País) era chamado de bruxo feiticeiro e foi assim que fui tratado mal tratado ao ponto de comer lixo no lixo”, Massuka começou a deitar lágrimas.
Passado 9 meses (1997) meu pai regressou para Luanda na intenção de poder me ver, e saber como estava vendo meus estudos, infelizmente encontrou-me em uma situação totalmente lastimável, eu, estava totalmente anêmico cheio de feridas para piorar a situação não estudava, uma situação que deixou meu pai a chorar durante 2 dias por saber que seu filho era maltratado e chamado de bruxo.
Sabendo da situação o pai foi a busca de Massuka, de Luanda para o Uíge. Posto no Uíge, com perseguição da UNITA o pai teve de voltar em Luanda, e teve de ficar com a mãe.
Em 1998 o pai manda a mãe ir para Luanda, daí Massuka começou a viver com a avó, das dificuldades que passavam, um amigo da família apareceu dando sugestão de buscar ovos no passo (um local da Igreja Católica), para “com irmão para estarem a vender”.
Passados tempo o amigo da família, foi trocado do sector, pois que (já não recebiam ovos). A inteligência foi guardar os lucro, assim sendo, começaram a realizar um negócio: vender cigarros e mentol.
No Ano de 2000 Massuka, assegura, que vem para Luanda ao encontro dos pais no Bairro São Pedro da Barra.
ADOLESCÊNCIA DE OSVALDO MASSUKA
No bairro São Pedro da Barra, Campo Vermelho, onde vivia, actual Ngola Kiluanje, dá sequência da formação, no colégio Público São Pedro da Barra.
Ainda assim as dificuldades persistiam, ía a pé ao Roque Santeiro, ajudar a mãe a vender fardo, de regresso ía para escola, porque a mãe vindo do Uíge não tinha colocação no GPL….
Fez á 9 ° Classe no Colégio Sacrinor, desistiu depois de abertura dos politécnicos para dar sequência de dar segmento do sonho de ser Arquiteto.
“O desejo de ser arquiteto foi desde á 6° classe, o sonho foi de fazer uma ponte que saísse de São Pedro da Barra até a Ilha de Luanda”, fala com olhos de esperança, confidenciou Osvaldo Massuka, e pergunta que “se colocou será que um dia vai se efectivar, mais outra risada……
SONHOS DE OSVALDO MASSUKA
Hoje é Arquiteto e Urbanista, licenciou – se em Arquitectura, e Urbanismo. E actualmente ocupa Cargo de Administrador Adjunto para Área Técnica do Distrito Urbano do Tala Hady
O QUE PENSA SER AMANHÃ: Massuka resume que “é necessário fazer sempre algo melhor”, pois que as coisas vêm de forma divina, revelou o jovem que venceu a vida com muita “Pulungunza”.
Jovens dessa craveira, o país necessita, e que “vários jovens conseguem seguir as pedaladas de Pulungunza de Osvaldo Massuka”.
“Se fizer bem as coisas, logo o futuro lhe reserva algo melhor, resumiu Osvaldo Massuka”, ditado de Osvaldo Massuka.