Nesta Rubrica de Jovens de Pulungunza falaremos de um jovem, batalhador, e conquistador dos seus sonhos. Ele Chama-se Domingos Figueiredo, filho do Cazenga, passou peripécias na zunga, ajudando a mãe, na venda de frutas, vendeu carvão, produzia blocos e ficou na oficina de bate chapas para aprender o ABC da vida.
Por: Kapita Inga
“minha mãe naltura sobrevivia de venda de frutas no mercado da Terra Vermelha (Cazenga) e eu e o meu irmão mais velho, tínhamos que ajudar nas vendas enquanto a mãe ia comprar negócios no Kikolo ou Kwanzas”, disse.
Nasce em Luanda, na zona do Patrício, precisamente na Rua das Parabólicas, passando alguns anos, mudou-se para a Terra Vermelha, actualmente vive no distrito urbano do Kalawenda. Com que desde muito cedo foi órfão de pai vivo, a minha mãe Valéria Figueiredo, que tenho muito admiração pela sua coragem e determinação, deu lhes vida e vida
Descreve que fez sua 1ª a 4ª numa escola pública vulgarmente conhecida por Comboio, mas infelizmente até à 4ª, na altura finalista não estava apto, recorda que tinha um professor que chegava de segunda á sexta, bebedo e dormia na turma, quando acordava considerava aula dada, passando em teste, numa outra instituição reprovou por não saber ler e escrever foi obrigado a repetir a pré.
Porém, chega uma fase, isto aos seus 16 anos; já sentia a necessidade de auxiliar nas despesas de casa, porque via que a mãe não conseguia dar conta do recado sozinha, começa a apanhar carvão para revender, tempo depois passei a fazer blocos de construção civil, “de seguida á convite de um vizinho entrou para uma oficina de bate chapa e de lá conseguiu comprar o seu primeiro colchão solteiro, passei a dormir com maior dignidade”(risos)…….
Quando atingiu a idade para entrar no ensino médio, a minha mãe não teve dinheiro para pagar propinas com dinheiro das frutas, Figuereido descreve que quando a sua família materna, decidiu prestar apoio de modo a fazer o ensino médio, foi a partir daí que conheci grandes amigos que têm até ao momento grande influência na minha vida.
“Foi no ensino médio, onde por gostar muito de falar e algumas vezes apresenta galas, meus colegas incentivaram a fazer a formação de jornalismo”, entretanto, sem pensar duas vezes abraçou o conselho e se matriculou na primeira oportunidade que teve, foi onde conheceu o companheiro Joaquim Paulo e graças a Deus no centro, os dois fomos seleccionados para um estágio de 6 meses no Jornal Visão (físico), isso em 2016.
No mesmo ano estava também a estagiar na Rádio LAC, no programa do Yuri Reverendo, ‘Potência Máxima’ emitido todos os sábados das 21 à meia noite, por conta da distância, corria muito risco, foi então que decidiu deixar da Rádio e seguir com o jornal.
Três anos depois saí do jornal e vai abraçar o desafio do web-jornalismo, no site Na Mira do Crime, onde ficou durante um ano e seis meses, aí ganhou paixão de escrever matérias ligado ao crime, saído do site, passei a gerir três sites, entre eles o Jornal Visão, Jornal Continente e Correio África, todos em formato digital (site).
Tempo depois criamos o site de especialidade O Flagrante (oflagrante.com), a qual estou até hoje a dar garra no projecto que tem pouco menos de 8 meses.
Sou estudante de Direito, no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA), depois do jornalismo a minha grande paixão será exercer a advocacia, no ramo do jornalismo, e é membro da Plataforma de Jornalistas Africanos (PJA), sediada na Nigéria.
Jovens com essa veia batalhadora, devem ser seguidos, e que as próximas gerações consigam aproveitar do seu modus vivendus, pois que o país agradece.