Hoje mais uma vez, vamos trazer uma referência, na “Rubrica Jovens de Pulunguza” a respeito de um jovem que desde infância passou por várias dificuldades da vida, na qual roubou, fumou, e foi um ambulante, saí de Benguela até Luanda, onde começa viver peripécias da vida, porém não baixou a guarda, e hoje é um Jornalista de um dos sites mais audiência no país, ele chama – se António Dumbo Sacuvaia, de 34 anos de idade, nasce no Bairro da Camaninã, Província de Benguela. Sacuvaia saí de Benguela para Luanda, para obter melhores condições de vida, e para minha família.
POR: MBUTA NTU
“Meu pensamento e objetivo era busca de melhores condições em Luanda” Descreveu.
António Dumbo Sacuvaia diz que com a influência de alguns amigos que viajavam para Luanda, e traziam roupas novas, bicicletas, BMX, é que o fez estimular, de conhecer Luanda, mesmo sabendo que não tinha ninguém na cidade Capital.
“Tive de tirar duas cadeiras da minha avó, no Bairro onde vivi, e o dinheiro serviu para minha passagem para Luanda” Conta o Jovem com muita nostalgia.
Sacuvaia revela que as cadeiras custaram no valor de 160 mil Kwanzas, naquela fase, daí foi para o mercado de Caponte, onde apanha um táxi para o Lobito. Recorda ainda que não conhecia o porto do Lobito, contanto, perguntando, tinha acabado de chegar, levando consigo um saco preto, onde continha dois calções, duas camisetas, e o bilhete de identidade, 7 bananas, três pães e um cantil de Kissangua.
Em contrapartida o Jovem sem medo, de encarar as dificuldades em Luanda, não hesita em comprar o bilhete de Passagem do Barco (Catronga-Pequeno), isto por volta das 14 horas, e partem às 19 h 00, relembrando que a viagem “foi turbulenta, por causa da itensa chuva que se abatia em cima deles”Com a chuva intensa, a Viagem não é cortada, conseguem chegar até em Kikombo, Kwanza Sul.”
Em virtude da Guerra, era lá onde, se apanhava os autocarros para Luanda” Recorda mais vez com Nostalgia.Por volta das 5 h 00 da manhã, chegam a berma, da Praia do Kikombo, infelizmente foram atracados por dois agentes da polícia, num cordão para identificar quem era cidadãos nacionais e estrangeiros.
“Tive de mentir aos agentes da polícia que tinha deixado minha mãe para puder passar do cordão policial, de modo a seguir o percurso aos autocarros que chamavam Luanda” Disse.
Já no autocarro António Dumbo Sacuvaia pede ao cobrador que lho cobrasse a metade do valor oficial da viagem, para que restasse alguns valores no bolso, uma vez que estava ir á um poço sem água “Luanda”.
Conta que viaja pelo corredor do autocarro, sentado até chegar, na cidade Capital.”Partimos do Kikombo às 13 horas, e chegamos em Luanda á madrugada” Referiu o Jovem.
Já em Luanda, o destino dos autocarros era Roque Santeiro, onde existia parques de carregamento e descarregamento de passageiros. “Aqui o calvário começa, desde pernoitar até amanhecer”.
No dia Seguinte, já com o oxigénio da Cidade Capital de Luanda, tenta procurar um conhecido, porém infelizmente não encontrou ninguém.
“Sem mais dinheiro para pagar o parque onde por noite cobrava-se para se pernoitar, decidi recorrer as barracas do Roque, onde conheceu alguns jovens, com quem pernoitou naquela quarta feira” Avançou.
Estando em Luanda, a vida era viver nas barracas, do Roqueiro Santeiro, por não conhecer nenhum familiar. Para conseguir sobreviver a forma fácil lavar os pratos da senhora Maria, que lhos dava Matabicho e almoço.
“Durante 11 meses foi assim” Revisita a história da vida.
Portanto, Sacuvaia por influência dos jovens que havia encontrado nas barracas, entra no mundo do fumo, usando cangonha, e liamba, e libanga. António relembra esse momento com dores, pois que era um obrigação, por causa do chefe de grupo, “que obrigava a drogar-se nas barracas do mercado Bala 10 “meses se passaram, torna-se um viciado em fumar liamba e usar drogas, deixou de praticar tais actos, dois anos depois de ter sido acolhido por uma das madres do Centro Dom Bosco.
Dentro do recinto, passa por um processo de ressocialização, assegura que nesta empreitada foi muito bom, porque conseguiu adaptar-se para uma vida melhor. Saindo das madres, torna-se vendedor ambulante, com ajuda de alguns amigos de Benguela que ajudaram a entrar no mundo da Zunga.
Nesta fase passou a viver com os amigos de Benguela, numa casa de passagem da Tia Ana, no Sambizanga, ao lado o mercado Pombinha.
“Nesta frase compravamos as nossas refeições nos sacos plásticos” Refere. Acompanhando os período da vida, entra num centro de Profissão, no Sambizanga, frequentando assim o curso de Inglês, por influência de um jovem, cujo nome é Dr. Romeu.
Em 2007 consegue o primeiro emprego na sua vida, na Zona da Samba, como lavador de carros durante dois anos.
Em 2008, matriculasse num colégio em Viana, na zona da Robaldina, para fazer oitava classe. Neste mesmo ano, terá sido convidado ao Jornalista Ernesto Samaria, para fazer parte do programa hora máxima, da Rádio Despertar, como assistente.
Sacuvaia não esconde a inspiração que lhe causou, estando com o Apresentador, que lho despertou a vontade de entrar no mundo da comunicação.
“Como assistente, fui evoluindo, onde depois fez algumas formações básicas, até que começou a colocar voz na mesma rádio, isto em 2009” Sublinha.
Já em 2013, com evoluir das coisas, é convidado, a juntar-se uma equipe de Televisão que produzia o Programa “ANGOLA RURAL” produzido por uma produtora, e era emitido pela Televisão Pública de Angola.
Dumbo garante que “começou na área de pesquisa, e depois passou como repórter, consequentemente juntou-se a equipa de repórter redactor.
“Com ajuda do Jornalista Gustavo Silva, aprendi a fazer notícias e a escrever melhor, serei grato a vida toda” Aceita a humildade.
Durante cinco anos trabalhou no mesmo Projeto, e nunca mais teve pretensão de deixar o mundo da comunicação.Com todas essas dificuldades, conseguiu vencer, e hoje trabalha como repórter e editor de um dos jornais online no país, com muita visibilidade “CORREIO KIANDA”, actualmente está terminando o curso de Direito numa das instituições de ensino, na cidade Capital de Luanda.
O país agradece, com jovens desta compostura, e que as futuras gerações, conseguem seguir seu exemplo, de lutas e batalhas vencidas com sacrifícios.