Hoje nesta Rubrica “Jovens de Pulunguza” vamos descrever sobre activista cívica e professora de Geografia, onde teve de dar de tudo para alcançar os seus intento.
KAPITA INGA
Primeiro “teve de passar por uma história de grande amor e vida, Lurdes Lameira teve uma dura realidade em 1992 à 1997 nas matas ” uma vez que era órfã de pai e se encontravam presos nas mãos do MPLA, porém naquela altura, já se falava que “o progenitor de Lurdes se encontrava já morto. Lurdes Lameira descreve que naquela fase de ir á escola” andava descalça juntamente com os irmãos”.
Diz que o irmão mais velho fazia carros de lata para vender aos filhos doa Governadores da “antiga Jamba”.
Lameira conta com desaparecimento do pai nem cadernos, lapiseiras tinham, havia necessidade de recolher caixas de óleo e massa e outros elementos para “se fazer chinelas” e também chapéus, porque no caminho o sol ardia.
Na falta de lapiseiras procuravam carvão para não perder um dia de aulas. Nestes momentos “conturbados” Lurdes ” conta que decorava os textos para escrever depois.
Na mesma fase, quando não tivesse caderno, e quando a mãe não conseguisse comida andavam pela rua, para apanhar comida no chão para comer. E assim que passasse carros que transportassem comida dos dirigentes corriam atrás, para furar sacos e apanhar o milho para fazer fuba.
“Ainda assim tinha de se ir à escola com a “nossa fome” descreve com dores no canto das vistas, pronta para chorar.
De tanto sofrimento na vida, porém a se permaneceu firme . Então em 2002 já em Luanda ” faz o 1° Ciclo na Escola Comandante Loy, em Viana, Luanda Sul, lá com coragem e determinação “faz as classes da 7° e 8°”já sentia o ar “de frescura de uma vida normal”, pois que em 2004, conseguiu uma vaga para o Ensino Médio Técnico no IMNE de Viana Neves de Sousa.
Com a mesma “Pulunguza” procurou entrar para ensino Superior na Unidade Jean Piaget no Curso de Economia e Gestão, isto em 2010, no mesmo, surge o Concurso Público do MED.
Nesta fase teve de se esfolar para obter um nota alta, felizmente conseguiu uma vaga tendo sido apta, e colocada para lecionar numa das escolas Satélite do Município na Escola 5002, na especialidade de Geografia e História.
Com a paixão na política é convidada por uma prima, de modo a participar numa conferência conjunta sobre autarquias locais promovida pela UNITA em 2013, daí não “exitou” e foi recolhida para o galinheiro, sem cartão de membro, começou a “jingar” em todos cantos usando a camisola, até que “se deu conta que queria fazer política, e na mesma hora foram chamados no antigo Secretário da CASA-CE para uma reunião “ela e mais duas companheiras”.
Depois da Reunião com o Deputado Leonel Gomes, o Ex Secretário da Mobilização Serafim Simeão ter nos entregue os cartões de membros, e começamos a colocar mão a massa em prol da coligação, acreditando que seria melhor via e única alternativa para mudar Angola, diferente dos Partidos políticos de Libertação.
Em 2015 fui convidada para dar voz e abertura de um programa de Jovem, na Rádio Despertar, na qual muitos receavam de que seria conotada, por estar falando de vários assuntos ligados ao quotidiano da vida política, económica e muito mais.
Deu”voz ao seu jeito” apesar de não ter não ter terminado o curso de Jornalismo.
Depois teve de terminar com tudo, até que surgiu um outro profissional, e porque na altura se avizinhava o congresso da UNITA teve de se afastar porque tinha opinião diferente sobre os candidatos aquele congresso.
Em 2016 de Março, colocou em massa as suas mãos na Coligação Eleitoral, e no ano seguinte renunciou, porque não encontreou liberdade de expressão na política partidária, e foi assim que decidiu “o Associativismo”
Enquanto apresentava o Programa de Rádio, teve vários convidados, e um deles foi Miguel Kimbenze, ligado ao Movimento dos Estudantes Angolano, que a convidou para fazer parte da mesma organização dizendo: “Lurdes venha fazer parte para lutarmos por uma educação de qualidade, sorri naquele momento, e respondeu, que aceitaria”.
Lurdes avança que passaram meses, aparece o Psicólogo Francisco Teixeira, que também me incentiva entrar nesta guerra “educacional” onde aceitei ser membro da Organização, foi assim que entro no Associativismo, abraçando todas as causas que sejam de interesse comum.Com tudo que passou-se, ainda lutou para fazer o Curso de Relações Internacionais, onde é Bacharel.
Com uma formação no ensino especial, onde vem trabalhando com deficientes visuais durante sete anos. Lameira explica que “com todos esses problemas que viveu, só lhe encoraja mais de viver a vida todos dias”.
Lurdes confirma que “o Associativismo Estudantil tem sido uma Escola” e que a melhor forma de lutar pelo um país, não é ficar de braços cruzados, diz mesma “que está na hora das mulheres intervencionar na vida cívica”
Também ultimamente tem “empreendido forças, na área do empreendedorismo, vendendo vários tipos de “Kitutis” da terra, onde as redes sociais têm sido a sua “dança”.
O país agradece esse tipo de Jovens com essa veia, e claro que as “as lutas permanecem para que seja de exemplo para às futuras gerações, pois é um exemplo à seguir”.