O Partido de Renovação Social (PRS) surgiu como uma alternativa política importante em Angola, buscando posicionar-se como uma terceira via entre a UNITA e o MPLA. Defendendo o federalismo como o modelo ideal para o país, o PRS foi fundado por civis e apresentava um sistema de Estado inovador e promissor.
No entanto, com a saída do Dr. Kwangana representou o início de uma série de desafios para o partido, culminando na actual situação em que se encontra.Agora com a candidatura do idealizador do partido rejeitada, que era a única esperança, por suposta falta de requisitos e a continuidade do Dr. Benedito Daniel como único candidato, fica evidente a fragilidade e a possível inevitabilidade do fim do PRS.
O facto de o partido agora ser liderado por alguém aparentemente desprovido de ambição política, interessado apenas em manter uma posição na assembleia nacional, levanta dúvidas sobre sua capacidade de se manter relevante e eficaz no cenário político angolano.A continuidade do Dr. Benedito Daniel no comando do PRS levanta questionamentos sobre o futuro do partido.
Se ele demonstrar liderança, visão e habilidades políticas necessárias para revitalizar o PRS e torná-lo uma força significativa no cenário político nacional, é possível que o partido consiga se reerguer e seguir adiante.
No entanto, se a falta de ambição e direcionamento político persistir, é provável que o PRS enfrente desafios cada vez maiores e sua relevância e influência diminuam gradualmente.
A sobrevivência e a continuidade do partido dependerão, em grande parte, da capacidade de sua liderança em superar os obstáculos actuais e recuperar o apoio e a confiança dos eleitores angolanos.
Nelson Mucazo Euclides