A operadora Africel com o projeto Afrimony esta ser acusada de envolvimento em fraude (crime) cibernético a mais de onze meses, na sexta-feira 10, responsabilizou três colaboradores e para despir-se de responsabilidades, expulsou os mesmos depois de ter recebido o chip e bloquear os aplicativos dos telefones, desafiando a Lei angolana ao não ter em conta o contrato celebrado entre as partes.
REDAÇÃO PORTALTVNZINGA
A fraude consiste no seguinte: Em abrir conta no aplicativo Afrimony colocando saldo no chip, com dinheiro do operador de seguida o número do cliente reflete no aplicativo e torna válida a activação, neste processo beneficiam o operador (trabalhador) e a empresa. Assim vive a Africel a mais de onze meses.
Cinco trabalhadores acorreram ao Na Lente do Crime para denunciar uma fraude sustentado a mais de onze meses.
A direcção da Afrimony representada pela International Development Group Advisory Serviço designada por IDG, os expulsou na quinta-feira 10, alegando que cometeram fraude, conta o agora ex-trabalhador, o que não condiz com a verdade, porque se assim for eles (Africel) estão envolvidos porque sustentaram o método que encontramos para cobrir as exigências que nos impunham.
Recuso-me em aceitar que estamos sozinhos nisso, somos mais de trezentos colaboradores em Luanda distribuídos em todos bairros e todos fazem o mesmo método, dizer que somos os únicos estariam a escamotear a verdade conta.
A Afrimony exige que encontremos 40 á 50 usuários dia com o chip da Africel para activar o plano (Afrimony) que permite fazer depósitos, recargas, pagamentos de energia/água em cantinas e supermercados, disse ao Na Lente do Crime.
Só que os clientes dificilmente têm dinheiro para corresponder as exigências da empresa, na altura da celebração dos contratos exigiam 25 á 30 activações, depois passaram para 40 á 50 activações, o que não é fácil obter, logo adotamos o método “fraude” que nos permite alcançar os números exigidos, admite.
Eles são muito exigentes, se por ventura não cobrir os números exigidos mesmo faltando dois números, é motivo para ser humilhado, destratado e ameaçado em despedimento, no meu caso particular em onze meses celebrei 4.229 activações, se multiplicar por sete pessoas que compõe o grupo dirigido pelo supervisor José Neto, só aqui nos arredores do 1º de Maio, verás que é muita activação.
Hoje mesmo receberam-nos os chips, bloquearam os aplicativos, e rescindiram os contratos, estamos na rua, sem nos pagarem o mês que trabalhamos mais o dinheiro entrou, penso que isso é uma injustiça, viemos para trabalhar mais chegado aqui, somos expulsados sem aviso prévio, infelizmente, lamenta.
Sabe o Na Lente do Crime, que na cláusula do contrato que temos acesso, na cessação número 12.1, diz: O presente contrato caduca, desde que qualquer das partes comunique, por escrito, 30 dias antes do prazo expirar, por forma escrita, a vontade de o fazer cessar, e recuando no número 5.2 diz: O trabalhador terá direito a subsídio de férias e subsídio de natal calculado nos termos da lei artigo 238 da LGT. Já no número 4.1, diz, o período normal de trabalho será de 8 horas diárias e 40 horas semanais. Nada disso foi respeitado no contrato.
Carga horária excessiva
Outro grande problema tem que ver com a carga horária, com início das actividades as 07 horas sem horário de largada, na maior parte das vezes vamos até às 21, 22 e às 23 e 59 minutos, no dia 08 de Janeiro exigiram-nos que permanecemos até as 23h50, sem uma refeição, temos que nos desenrascar, como se diz na gíria.
Contratos por um mês
Os trabalhadores expulsos contaram também que a empresa estabeleceu contratos com períodos de apenas um mês renovável automaticamente, razão pela qual são ameaçados quase todos os dias caso não preencham os números exigidos.
O meu contrato termina no dia 14, faria um mês daqui a 4 dias, mais como eles são poderosos, correm comigo antes do fim, asseverou.
Nunca beneficiamos das benesses que consta do contrato, como os subsídios de natal, bônus, horário de trabalho, em fim…
Financiador retirou-se
Segundo os entrevistados, a empresa esta a procurar desfazer-se do pessoal pelo pior método, fugindo as suas responsabilidades com os encargos que têm de cumprir com os despedimentos arbitrários, tomamos conhecimento que a empresa EDJ, financiadora americana deu por extinto o contrato com a Africel no mês de Dezembro de 2024.
De recordar que o Na Lente do Crime, publicou uma rede mafiosa liderada por um chinês no passado Ano, onde uma só pessoa adquiriu dois milhões de chips, aqui está a explicação.
Silêncio absoluto
No contraditório a nossa reportagem contactou a Rajanne Gomes responsável de Marketing e Comunicação, por falta de autorização superior não respondeu formalmente, ficando por enviar o e-mail 72 horas depois, sem resposta.
NA LENTE DO CRIME