Os munícipes de Cambambe, autoridades tradicionais, fiéis de várias confissões religiosas, representantes de partidos políticos e sociedade civil, percorreram hoje as artérias da cidade do Dondo, em Marcha de Repúdio aos actos de Violência à Mulheres e Crianças, testemunhada pelo administrador municipal, Adão Malungo.
REDAÇÃO
A marcha realizada a nível dos 10 municípios da província, juntou nesta municipalidade cerca, centenas de participantes, homens e mulheres, trajados de branco, que gritaram em bom tom: “Abaixo a Violência contra a Mulher, Contra a Criança; Levantar a mão não é a Solução; Denuncie qualquer forma de Violência; Mais diálogo e mais harmonia”*, num itinerário de cerca de 6 km, com início na Fábrica Têxtil TEXTAF (Ex-Satec), com término defronte a Administração Municipal de Cambambe.

No termo da Marcha, a directora municipal da Acção Social, Laurinda Elisa afirmou que o Estado Angolano, repudia actos desta natureza e criou mecanismos para punir os agressores, através da Lei nº 25/11 de 14 de Julho, Lei contra a Violência Doméstica nº 25/12 de 22 de Agosto.
De 2021 a 2022 a Direcção Municipal da Acção Social, registou um total de 165 casos de Violência Doméstica e no primeiro semestre deste ano já registou 64 casos, um dado preocupante, numa média de 10 casos/mês, porque estes são aqueles que tiveram a coragem de denunciar. Constam dos actos de Violência mais frequentes, a Violência Sexual, Física, Psicológica, Fuga à Paternidade, a Prestação de Alimentos, Crianças e Adolescentes em situação de trabalho infantil, Crianças acusadas de feitiçaria e abuso sexual contra menores.
Laurinda Elisa exortou a todos a absterem-se de todo o tipo de violência contra as mulheres, crianças e idosos, advogando a necessidade da criação de uma sociedade baseada no respeito, diálogo, paz e na boa convivência, visando a prevenção, promoção e especialmente protecção dos Direitos das Crianças, pois todas as crianças têm o direito a um ambiente de protecção, onde possam viver livres da violência, abuso e negligência.