O Presidente João Lourenço prepara-se para implementar uma série de exonerações e mudanças estratégicas nas Forças Armadas Angolanas e na Polícia Nacional
REDACÇÃO PORTALTVNZINGA.COM
Entre as movimentações de maior impacto, destaca-se a possível substituição do chefe da Casa de Segurança do Presidente, general Francisco Pereira Furtado, pelo antigo ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, veterano do sector da segurança e figura próxima do Presidente.
O atual ministro do Interior, Manuel Gomes da Conceição Homem, poderá ceder o cargo ao antigo Comandante-Geral da Polícia Nacional, Eduardo Alfredo Mingas “Panda”, sendo transferido para o Governo Municipal do Icolo e Bengo, em substituição de Auzílio Jacob. O Comandante-Geral da Polícia Nacional, Francisco Monteiro Ribas da Silva, também poderá deixar o cargo, sendo substituído pelo seu segundo comandante, Domingos Ferreira de Andrade.
Fontes indicam que estas mudanças não se limitam a ajustes administrativos, mas fazem parte de uma estratégia mais ampla de reorganização da hierarquia de comando e de reforço da coordenação entre as estruturas de segurança, num contexto politicamente sensível para o Executivo.
Analistas políticos alertam que as movimentações podem redefinir o equilíbrio interno de poder e alterar alianças dentro do aparelho do Estado. “Essas mexidas podem não apenas reforçar a segurança presidencial, mas também redesenhar a influência de certos grupos dentro das forças de defesa e segurança”, comentou uma fonte.
A expectativa é crescente nos círculos políticos e militares, onde a tensão é evidente, levantando a questão: serão estas mudanças o prenúncio de maior estabilidade nacional ou o início de uma nova disputa interna nas forças de defesa e segurança?
RA
