Numa carta dirigida ao titular do Poder Executivo, João Lourenço, e ao Ministro dos Transportes, Ricardo Abreu, o colectivo de trabalhadores da DP World denunciaram que o Porto de Luanda está a ser transformado numa ´Babilônia´. Fala-se de nepotismo e promiscuidade sem precedente.
REDAÇÃO DO PORTALTVNZINGA
“Nós, trabalhadores da DP World, concessionária do Terminal Multiuso do Porto de Luanda, vimos, por meio desta carta aberta, denunciar as práticas de gestão desta empresa, sobretudo em termos de recursos humanos, onde se promovem pessoas com base os favores sexuais, promiscuidade e nepotismo”, lê-se no primeiro parágrafo do dossiê dirigido ao presidente da República.
Os trabalhadores na mesma carta avançam que, com a saída das empresas dos ´marimbondos´, como do Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa”, Leopoldino Nascimento e outros não trouxe nada de novo, surgiram novos corruptos e que o programa de combate a corrupção, levado a cabo pelo executivo não se faz sentir naquela importante instituição económica do país.
Os queixosos sublinham que a denúncia é motivada pela observação de uma série de promoções que, ao seu entender, desconsideram critérios meritocráticos e transparentes, mostrando a possibilidade de existirem práticas de favoritismo e nepotismo.
O colectivo citou o caso de uma funcionária que responde pelo nome de Nídia Ludmila Rodrigues Lacerda, admitida como estagiária, em 2021, e promovida a supervisora em 2022, com um salário de 480.000 KZs, e em 2023 seu salário foi ajustado para 1.000.000 KZs.Pelo que, avançam que a mesma está a ser preparada para substituir um dos maiores especialistas em Safety no terminal e com experiência comprovada, o senhor Cláudio França.
Um outro caso citado envolvendo nepotismo e favores sexuais envolve a funcionária Jisilda Nguli, contratada em fevereiro de 2024, para exercer o cargo Coordenadora Comercial com um salário base de 2.000.000 KZs, além de outras regalias significativas, superando as benesses do actual Director de Segurança do Terminal, Isaac Pereira.
O que se pode ler na missiva é que esta contratação foi a base de pedido de uma entidade do Conselho de Administração do Porto de Luanda, havendo uma relação pessoal com o administrador.
Por trás destas admissões e promoções estão a troca de favores sexuais, promiscuidade e nepotismo, como ressaltou o colectivo.
Diante das situações expostas, os trabalhadores do Porto de Luanda informaram que já foram feitos apelos ao Porto de Luanda, mas sem sucesso.
Pelo que, solicitam a intervenção do Presidente da República para que oriente o ministério e o Porto de Luanda para uma investigação interna completa para avaliar a adequação dos processos de promoção e contratação.
G/FD