O fim do ano chegou, e as esmolas entram em acção onde o alvo conhecemos. Aos pobre só lhes resta uma coisa… agradecer.
Rimos e brincamos com a desgraça do pobre, num Natal de dezembro, em que arquitetamos cada minuto e momentos da entrega da esmola, onde o verbo dar é acompanhado com a foto e o sorriso falso.
As necessidades do pobre são lembradas neste mês, com um mês de antecedência cuja as cores, as prendas, as pessoas, e o palco são revistos e visto num angulo em que o destaque recai ao Tal. Visitamos o reflexo da nossa crueldade e o espelho da nossa miséria humana.
Cada um faz cada um quer ser entendido como solidário; solidário! Solidário com agenda. Como é possível dar sem dar, aquilo que não demos, em mãos vazias de alguém de uma mão sem honra.
Quero ser um modelo de paciência, nada direi.Que o ano chegue ao fim e não o fim chegue ao ano, para não houver choro e ranger de dentes. Uma coisa é certa… a tua esmola em nada serve.
Pensemos aos pobres e não em nós sendo pobres de acções, pogramas e políticas… ao final, dois pobres em um só local, onde um é autêntico e outro é fidedigno.
Aos cegos cupidos dos lares, orfanatos, e igrejas visitem de janeiro a janeiro, pois que um pobre é um infeliz mendigo.
In. República das Maças. KAPIÑGALA, Moisés