Boa nova foi avançada pelo Chefe de Estado norte-americano, que, entre outros anseios, quer colocar Angola no ‘mapa’ de países africanos que mais alimentos exportam.
REDAÇÃO
Estratégia tem como base um desbloqueio de mais de mil milhões de dólares que o Tesouro daquele país projecta alocar a Luanda. 01.12.2023.
Um envelope financeiro de mais de mil milhões de dólares adicionais é o quanto os Estados Unidos da América (EUA) vão desbloquear para Angola como forma de dinamizar o sector agrícola nacional e tornar o País num importante exportador de bens alimentares no continente africano até 2027, revelou esta Quinta-feira, 30, o Presidente norte-americano, Joe Biden, no seu encontro com o homólogo angolano, João Lourenço. Este investimento é, segundo o estadista norte-americano, um reforço aos vários projectos que os EUA já têm em Angola e dá destaque, por exemplo, ao recém inaugurado Corredor do Lobito, uma importante infraestrutura ferroviária que ligará os mercados de Angola, Zâmbia e da República Democrática do Congo.
Com este financiamento adicional, o país vê assim reforçada a sua estratégia de autosuficiência alimentar. Ou seja, aquilo que, até agora, tem sido feito quer pelo Governo, quer por privados, encontra um outro ‘conforto’ com o anúncio desta linha de financiamento do Governo dos EUA.
A iniciativa americana junta-se assim às demais iniciativas locais que já marcam passos consideráveis neste segmento, a exemplo dos grandes projectos voltados à autosuficiência alimentar movidos por vários grupos empresariais nacionais.
O Grupo Carrinho, por exemplo, é um destes que estabeleceu metas e tem vindo a dinamizar para a concretização deste desafio. O grupo empresarial desafia-se, por exemplo, a tornar o país autossuficiente em matérias de bens de consumo de primeira necessidade, as cestas básicas.
Com a sua equipa, o grupo tem vindo a criar bases para que Angola atinja as metas da auto-suficiência. Para tal, tem trabalhado com várias famílias camponesas que, pelas mãos da Carrinho Agri, braço agrícola do Grupo Carrinho, têm recebido formação e material técnico para o fomento da actividade agrícola.
À semelhança do Grupo Carrinho, existem outras iniciativas que garantem dar corpo ao desiderato de financiamento à actividade agrícola. Ainda ao longo do encontro, os dois chefes de Estado também falaram sobre alguns projectos em execução no território angolano. Biden destacou, por exemplo, o Corredor do Lobito, tendo dito que é vital nas relações económicas entre Luanda e Washington.
De acordo com o chefe de Estado norte-americano, o projeto ligará Angola, a República Democrática do Congo (RDC) e a Zâmbia aos mercados globais.
Para Joe Biden destacou, o projeto do Corredor do Lobito, superior a mil milhões de dólares, “é o maior investimento ferroviário de sempre dos Estados Unidos em África” e “vai ajudar a melhorar infraestruturas e tornar o país num exportador de comida.
“Por sua vez, o chefe de Estado angolano, João Lourenço, defendeu que o corredor do Lobito não apenas vai beneficiar Angola.
“É uma nova página que se abre nas relações económicas entre Estados Unidos e o continente africano”, declarou João Lourenço.
Segundo o Presidente de Angola, Joe Biden foi o primeiro Presidente norte-americano a “mudar o paradigma da cooperação entre os Estados Unidos e o continente africano”.Em resposta, o líder americano disse que “a América está sempre com África”.
Energias renováveisEm antevisão à visita do Presidente da República aos EUA, o chairman da Câmara Americana de Comércio em Angola (AmCham), Pedro Godinho, declarou, quarta-feira, em Luanda, que o Governo dos Estados Unidos de América, aprovou dois mil milhões de dólares, para serem aplicados em projectos de energias renováveis, que estão a ser desenvolvidos, nas províncias de Benguela, Cuando Cubango, Moxico e Namibe.
Assim, e a confirmar os dados, Joe Biden avançou esta quinta-feira que Angola poderá produzir, até 2025, 75% de energias limpas.
“Estamos a investir quase mil milhões de dólares adicionais em Angola para vários outros projectos. Por exemplo, o projecto de energia, ajudará Angola a gerar 75% de energias limpas até 2025”, acentuou.