No município do Cazenga, na província de Luanda, tem dois projectos habitacionais construídos no âmbito das políticas públicas para garantir habitação, sobretudo para a juventude, nomeadamente, a urbanização do Kalawenda e da Marconi, mas que, lamentavelmente, a máfia composta pela Administração Municipal do Cazenga, Governo da Província de Luanda (desde a ex-governadora Ana Paula ao actual), Instituto Nacional da Habitação (Adérito Mohammed) e os Serviços de Informação e Segurança do Estado (por via do popularmente conhecido por chefe Kionga) tomou as rédeas da situação e vendeu algumas residências e ofertou outras a familiares e comparsas, excluindo assim a juventude, sobretudo a local, que passa por enormes dificuldade devido a falta da casa própria.
Está claro que Executivo há pessoas caminhando na contramão das poucas boas intenções do Presidente da República, João Lourenço, em particular no concernente a habitação pra a juventude e, também, no combate à corrupção e ao nepotismo. Nesse leque de pessoas que estão a sabotar o trabalho de João Lourenço está o actual governador da província de Luanda, Manuel Homem que não recebe os jovens pra os devidos esclarecimentos acerca do assunto, mesmo depois de inúmeras solicitações de audiências. E esgotados todos os mecanismos de diálogos, os jovens vão invadir as residências; não os acusem de não gostarem de diálogos. Os direitos devem ser respeitados com a mesma precisão com que se exigem o cumprimento dos deveres.
Por: Carlos Lupini (Activista Cívico e Membro da PLACA)