No segundo episódio da reportagem do Portal “A DENÚNCIA”, com o título “Casa de Segurança do PR, IGAE, GPL e EPAL em Associação Criminosa contra o Estado Angolano”, mostrámos que a ESA (de Kopelipa) vendeu um terreno do Estado Angolano ao próprio Estado (EPAL EP.).
Por: Carlos Alberto (Jornalista e Director o Portal A Denúncia)
Mostrámos, com documentos de prova – e se as provas não são autênticas que me a tribunal por falsificação de documentos, já que o maluco sou eu! – que a EPAL gastou mais de 10 milhões de dólares para comprar um terreno de 122 hectares na entrada (lado direito) da centralidade do Zango 8 mil para construir casas para, supostamente, beneficiar os trabalhadores da EPAL EP., o que não aconteceu (até deram para alguns trabalhadores da EPAL EP. para enganar a opinião pública).
O terreno do Estado, infra-estruturado pelo Estado e vendido ao próprio Estado foi cedido, a custo zero, à Cooperativa Nascente das Águas, de Joana Manuel, amiga da então governadora da Província de Luanda Joana Lina. Continuam aí a assobiar ao lado.
Mostrámos, com provas, que o então inspector-geral-adjunto da IGAE Eduardo Semente Augusto – que elaborou recentemente uma carta contra mim, sem ter assinado o seu nome, de forma cobarde, a dizer que sou maluco, tal como o seu amigo vice-procurador-geral da República Mouta Liz o faz – mandou o então administrador municipal de Viana Fernando Manuel autorizar a construção de casas ilegais nesse terreno vendido ilegalmente ao Estado, com o argumento de que a ordem saiu do presidente da República João Lourenço.
Envolveram o nome do PR João Lourenço na associação criminosa e em vários crimes. Nós, Portal “A DENÚNCIA”, mandámos cartas (exibidas na referida reportagem) ao presidente da República João Lourenço, ao procurador-geral da República Hélder Pitta Gróz, ao inspector-geral da Administração do Estado Sebastião Gunza, ao seu adjunto Eduardo Semente Augusto (que mandou legalizar as obras ilegais com o pretexto de que a ordem saiu do PR João Lourenço), à ex-governadora da Província de Luanda Joana Lina (que chegou a ser exonerada por João Lourenço mas não se lhe abriu nenhum processo-crime até hoje) e ao então administrador de Viana. Nenhum destes responsáveis do Estado respondeu ao nosso pedido de esclarecimento. Isso aconteceu em 2021. Estamos em 2023 (2 anos depois). Até hoje a PGR, que sabe do assunto, fecha-se em copas. O próprio presidente da República, que terá autorizado a legalização das obras ilegais – que estão a ser erguidas e vendidas a céu aberto para quem tiver dinheiro, pela Cooperativa Nascente das Águas, contra o Estado Angolano e, pelos vistos, muito bem protegida pelas autoridades do país -, João Lourenço também não responde ao pedido de esclarecimento/entrevista.Como os cidadãos vão acreditar no combate à corrupção se o PR João Lourenço não dá o seu exemplo? Se se cala não está a reconhecer que a ordem de uma legalização de obras à margem da lei em que o Estado Angolano ficou gravosamente prejudicado é mesmo verdade. Não há outra conclusão.
Se os prevaricadores andam aí a assobiar ao lado sem nada lhes acontecer, temos combate à corrupção? E hoje vêm com um projecto de “auscultação pública” para o “combate à corrupção” para gastar mais dinheiro do Estado sem que a PGR, o SIC e a IGAE façam o seu devido trabalho? Isso é mesmo sério? O governador Manuel Homem nomeou um novo administrador municipal de Viana. O que está a fazer para travar essas obras ilegais no Zango? Só no caso em que a empreiteira é a OMATAPALO (e sabemos todos as ligações dessa empresa)? Só se parte casas quando quem está a construir tem ligações com o presidente da República? Casas construídas num terreno do Estado, infra-estruturado pelo Estado, loteado pelo Estado e vendido ao próprio Estado? Ninguém diz nada? O Estado não está a a ganhar rigorosamente nada (até tirou mais de 10 milhões de dólares do bolso para comprar) em 122 hectares à entrada da Centralidade do Zango 8 mil, enquanto milhares de famílias angolanas sofrem em casas de chapas e em casas construídas em zona de risco e a morrerem com água da chuva? Sempre que chove morrem angolanos! Se hoje chover, vão morrer mais angolanos. Temos país? Queremos ver o que o actual governador da Província de Luanda Manuel Homem vai fazer com o caso Zango.
Existem vários casos de crimes e irregularidades contra o Estado a acontecer a céu aberto no Zango. E o governador Manuel Homem sabe disso. Vamos descobrir se Manuel Homem é um “Homem” nomeado para servir o Estado Angolano ou se é mais um político nomeado para atirar areia aos olhos dos cidadãos angolanos, com políticas para inglês ver.