Foi um dos temas de debate, por sinal dos mais quentes. A minha perspectiva foi a seguinte:
Por: Celso Malavoloneke (Comunicologo e Assessor)
- Essa saída foi uma ruptura fruto da vaidade do Nelito Ekuikui; e política não se faz com rupturas. Elas só criam desarmonia, conflitos e guerras como a que tivemos.
- A sociedade e os cidadãos esperam dos seus líderes aquela criatividade que encontre soluções para problemas aparentemente insanáveis. Terá sido por isso que TODAS as organizações juvenis do CNJ repudiaram a decisão da JURA.
- O discurso retomado por ACJ, Presidente da UNITA em Benguela que o PR está a comprar a consciência da juventude com as casas, não faz sentido. Todos os líderes da JURA receberam casas e continuam normalmente as suas actividades. O próprio ACJ recebeu casa no Projecto Nova Vida e a sua consciência não foi comprada, que se saiba. Os jovens recebem as casas como seu direito como cidadãos angolanos. O mal seria serem discriminados por serem da JURA.
- Se a UNITA fosse séria, sairia então da Assembleia Nacional, Conselho da República (o próprio ACJ), Tribunais Constitucional e Supremo, do CNE e da ERCA. Aí sim, porque os militantes que indicou recebem salário e benesses e poderiam estar a ser comprados. Mas não sai por isso mesmo. E porque os jovens da JURA que estão a receber as casas não são das famílias donas da UNITA mas povo em geral.
- Portanto, Nelito Ekuikui esteve mal. Agora poderá ter que voltar com o rabinho entre as pernas.
- Mas o Presidente do CNJ, Isaías Kalunga também esteve mal ao desvalorizar a saída da JURA. Esta é essencial, junto com as outras organizações juvenis, para o todo que se quer do CNJ. Sem ela, ficará sempre amputada. Portanto, e no espírito do ponto 2., a Direcção do CNJ tudo deverá fazer, dentro do razoável, claro, para trazer de volta a JURA para o seio do CNJ.