Nesta Rubrica de Hoje, falaremos da história de superação, de um Jovem; que passou uma infância, conturbada, porém, não baixou a cabeça, hoje é um Advogado, e Embaixador do Povo, Hélder Chihuto.
Na sua passagem de vida académica, Chihuto conta que “começou seus estudos primários na Escola do Funge, no Bairro Operário, onde fez a Pré classe”
Findo isso “o menino Chihuto foi transferido para escola Liga Africana, onde frequentou a 4° Classe. Posteriormente, foi transferido para Escola Nzinga Mbande, onde estudou da 5° Classe até á 7°.
Hélder Chihuto descreve que teve de fazer a 8° Classe na Escola Povo em Luta, e em 2000 fez a 9° Classe em Saurimo, na terra natal de sua mãe.
Nesta passagem curta em Luanda, regressa para mãe, face a ruptura da união de facto que vinculava seus país.
“Passamos numa crise económica social que levará a minha mãe, a vender bolinho na rua para sobreviver” Conta Chihuto com lembranças tristes.
Assim sendo Hélder Chihuto explica que, face a enorme dificuldade, passou então para zunga, vendendo cigarro YES”
Fim deste prazo de dois anos, Chihuto regressa á Luanda, graças a intervenção do seu Tio Tomé, irmão mais novo do seu pai Biológico.
Após seu regresso á Luanda, Chihuto descreve que foi difícil pois, para dar sequência aos seus estudos, foi terrível, porque naquela altura era fase dos 500 Dólares para ingressar, no Ensino Médio.
“Dada a precariedade financeira não conseguiu ingressar. Entretanto, os seus primos, e amigos entravam, mas ele lacrimejava com profunda tristeza” Refere com nostalgia a situação vivida.
Hélder revela que naquele momento, ninguém, se compadecia com ele. Todavia com sua teimosia, insistência, e consistência, em querer estudar, decide ir até a escola, na altura IMNE.
“Ganhou coragem e foi ter com alguém da instituição, a solicitar um possível apoio para o seu ingresso, graças a Deus, deparou-se com uma funcionária da secretaria “Tia Beth” que lhe ajudou” a ingressar após uma semana recorda o momento vivido.
Hélder Chiuto começa inaugurar uma nova era.
Com o pai desempregado, e sem fonte alternativa de subsistência, começa frequentar “um grupo de solidariedade São José Ex Carmelo, que lhe passou a doar cestas básica alimentar.
“Graças ao grupo de Jovens católicos, e principalmente com ajuda do seu estimoso pai de criação Fernando Moura Tavares, que mais tarde se uniu a sua mãe” que a situação foi minimizando, Assegurou.
Na corrida para Escola, não tinha o que comer, e muito menos dinheiro para pegar táxi. Chihuto descreve que foi difícil, mas com espírito de resiliência, empregou na sua caminhada de vida espírito de coragem e determinação.
“Passava um bom tempo a pedir favor aos autocarros da TCUL, e, da MACON, para chegar á Escola” Lembra com tristeza nos olhos.
Hélder Chihuto considera que foi “um dos momentos mais terrível, porque tinha de acordar para conseguir apanhar o primeiro autocarro que saía do Cazenga até ao Benfica.
Hélder Chihuto, na altura vivia na Samba, recorda que houve momentos, que teve de passar humilhação por alguns cobradores.
“Não tinha dinheiro, e subia no autocarro, depois mandavam-lhe descer pelo caminho, e não se continha, e deitava lágrimas dada a situação que passava” Recorda o momento de tristeza.
Assegura que o seu irmão de Igreja Manuel Gouveia Zua(Portela), suportava seu transporte escolar, onde também dividia o prato de comida ao meio em muitas ocasiões.
“Hoje não sabe como o agradecer” Disse.
Naquela fase, Hélder Chihuto passava a ser conhecido por todos motoristas e cobradores, da rota que circulavam no ano de 2003 até ao ano de 2006, na qual passou a ser conhecido pelos colegas, como homem do “dedo mágico” tudo porque, após esses, tomarem ciência da sua situação, ao sair da escola, já não entrava pela porta da frente, bastava ir até ao motorista, levantava o dedo e quando o vissem, a porta do fundo abria e lá ele entrava sem pagar um tostão.