Constrangido por não ter podido responder a pergunta feita por familiares do general Constantino Dala( Assobio da Bala), durante as cerimónias fúnebres da homenagem a mais duas outras figuras importantes da UNITA; Altino Bango Sapalalo( Bock) e Antero Vieira, em Fevereiro do ano em curso, Abílio Camalata Numa preferiu assobiar de lado, para evitar o assunto, optando por injuriar e difamar o bom nome de altas figuras do Estado, como o Presidente da República, João Lourenço, e o chefe dos Serviços de Informação e Segurança de Estado( SINSE), Fernando Garcia Miala, cujo propósito é, quanto a mim, tentar criar factos politicos.
Faz tempo que esse desertor e sanguinário da UNITA atira-se contra, não só estas duas figuras do Estado Angolano, mas, também, contra membros do Governo e ainda a própria Assembleia Nacional, onde, nesse último órgão legislativo, entrou calado e saiu mudo, por não ter tido qualquer serventia, enquanto deputado, mas apenas para ganhar dinheiro e sustentar a esposa e duas outras concubinas, incluindo uma delas.
O que o desertor Camalata Numa devia explicar a família do general Constantino Dala é tão somente a sua participação activa na morte desse, do Bock e de Antero, depois de as
FALA, antigo exército de Savimbi, não ter podido conquistar a cidade mártir e invicta do Cuito-Bié, devido à bravura das Forças Armadas Angolanas(FAA) e da Polícia Nacional, comandadas por Simione Mucune, Francisco Massota, Kapusso e outros, de feliz memória.
Para quem não sabe, a esposa do general Constantino Dala( Assobio da Bala), é filha do irmão mais velho de Jonas Savimbi, sim, esse mesmo Savimbi, a quem Numa deve muitos favores, mas que viria abandonar quando o precisou, para evitar a sua captura ou morte pelas forças governamentais, naquela perseguição que começou em finais de 1998, a partir do Bailundo, passando por Mungo, Andulo, Nharea, até ao golpe final, no Lucuse, por culpa da própria UNITA, diga-se de passagem.
Recuando à sua provocação barata, Camalata Numa é um político que anda frustrado, desde que perdeu para Adalberto Costa Júnior, na corrida à liderança da UNITA, no Congregação Ordinário de
2019, e, de lá para cá, tem se revelado isso mesmo, associado aos ‘ copos’ que toma em demasia, daí atirar-se contra personalidades políticas que estiveram o discernimento de lhe poupar a vida, não ser morto, quando foi capturado ‘ cabisbaixo’, no Moxico, que o digam os bravos combatentes, comandados pelo brigadeiro Wala, na altura.
Camalata Numa ao rotular o general Fernando Garcia Miala como o estrangulador(?) do Estado Democrático de Direito em Angola, é, seguramente, desconhecer o que diz.Isto revela que o homem já não anda bem da cabeça, está equivocado e desnorteado.
Desconhece-se o motivo em que associa Fernando Garcia Miala, inclusive no controlo dos órgãos de Comunicação social. Se o SINSE é que controla esses órgãos, a Rádio Despertar, cuja função principal é denegrir a imagem do Presidente da República, do Governo e do MPLA, como vemos, mesmo a distância, anda também sob controlo deste órgão? Não há contradição nisso?
Estamos num Estado Democrático de Direito, mas o senhor general desertor não tem o direito de abusar dessa liberdade de expressão, sob pena de ser processado, por crimes de injúria e difamação. Em Angola, parece que os nossos governamentais e políticos gostam de serem abusados por qualquer cidadão, só isto justifica que muitos não recorrem aos tribunais.
No caso vertente, o Camalata Numa deve ser levado a tribunal, para provar o que diz contra os insultos faz, embora faça parte de um plano estratégico da UNITA para tentar desgastar a imagem do Governo e do Estado, para tirar possíveis vantagens eleitoralistas em 2027. Mas é preciso dizer-lhe que a liberdade de expressão tem limites.
Se for processado, dirá que está ser perseguido ou porque é intolerância política. É isto?
Rosário Muhongo
Lisboa